sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pensando!

Um dos aspectos que me chamou a atenção, quando eu li sobre a vida do poeta russo Iessiênin, é que ele se casou cinco vezes, lembrando que ele morreu antes dos 30. Vendo seus poemas, percebo a intensidade absurda com a qual se expressava sobre os sentimentos e a liberdade.

Fiz uma comparação maluca e abusiva (pois são realidades extremamente diferentes) com o meu estimado Vinícius de Moraes que, no decorrer de sua existência, casou-se nove vezes. Recordei de ter assistido a um dos seus depoimentos no qual ele explicou os seus casamentos dizendo da sua necessidade de estar constantemente apaixonado. Para ele o amor, o companheirismo, o afeto, eram sim, sentimentos importantíssimos. Mas eles, sem algo complementando, sem aquele, vamos dizer, fugir do mundo ouvindo músicas, não bastavam. E assim, ia se atirando, vivendo e não se furtava de agir.

Não sei se é o melhor e nem gosto de certezas. Até que ponto pode, até mesmo, ser esta considerada uma atitude egoísta? Ou, também, é uma interessante reflexão se egoístas não somos nós ao dividirmos uma vida sem o mesmo entusiasmo, sem um gás que, ao mesmo tempo que sufoca, é irresistível.

Penso no quanto (baita clichê, mas serve), existir voa e, apesar de não ter a mínima idéia sobre quais atitudes preenchem melhor o meu mundo, não posso deixar de admirar quem tem coragem de enfrentar o que já estava previamente determinado, transformar o exato em outra coisa, em prol do que às vezes nem nos permitimos enxergar.

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