quinta-feira, 20 de maio de 2010

Descobrindo!

Estou em uma fase poetas russos. Fiquei muito impressionada com a força dos textos e, sempre que posso, tenho lido um pouco mais. Hoje, nessas viagens cotidianas em busca do sossego/aflição que a literatura me traz eu li sobre o Serguei Iessiênin (1895-1925). Lindo, revolucionário e um apaixonado constante, me vi suspirando, igual mulherzinha besta, diante da intensidade do que expressou. Morreu, antes de completar 30 anos e, por mais insano que nos possa parecer, embora a insanidade talvez esteja mesmo é em nosso dia-a-dia, ele escreveu o poema abaixo com sangue logo após cortar os pulsos. Trágico e surreal!

Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro.
Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo.

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