quinta-feira, 13 de maio de 2010

Crônica de uma tarde anunciada!

Acordei quase implorando aos céus por um motivo que me deixasse ficar em casa. Entrei no ônibus e nem Sérgio Sampaio eu quis ouvir, naquele dia, apenas naquele dia, eu discordei de tudo o que ele cantava e sinto profunda vergonha por isso.

No final da tarde, liguei para a minha amiga: - Vamos Beber? Estava frio e chovendo, mas ela, entendendo que a coisa era séria, respondeu, simplesmente: - Vamos.
Na mesa, as duas quietas, eu, sem graça pelas minhas tolices e ela de TPM. Combinação perfeita para um momento tão especial.

Saindo do bar, sinto o meu pé virar, meu corpo seguir sem meu controle. Sim, eu estava no chão, de joelhos, com as mãos na calçada, os óculos para um lado, a bolsa para o outro. Não quis me mexer, estava faltando dignidade à situação. Levantei e, rindo de tudo, senti que meus olhos, na verdade ardiam.

Tive uma crise, do tipo Engenheiros do Hawai, e eu, que não fumo, quis um cigarro. Procuramos um boteco fudido e ao entrar no mesmo, quem estava no balcão? Ele mesmo, o Cruel. Ele sempre está em todos os lugares. Ríamos tanto daquela visão que nem conseguimos comprar o bendito/maldito cigarro. Neste momento, eu já me sentia a Penélope Cruz em um filme do Almodovar.

Entramos na primeira padaria que encontramos, adquirimos o cobiçado cigarro e uma cerveja para acompanhar. Sentamos no meio-fio, para degustarmos as iguarias. Continuamos quietas, eu sentindo-me tola e ela de TPM.

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