segunda-feira, 16 de julho de 2012

Poema dado!

Esse texto lembrou-me tanto que eu nem preciso imaginar.

Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Vinicius de Moraes
(1913-1980)

Poema emprestado!

Achei simples e lindo esse poema da Adalgisa Nery:

Eu te amo

Eu te amo
Antes e depois de todos os acontecimentos
Na profunda imensidade do vazio
E a cada lágrima dos meus pensamentos.

Eu te amo
Em todos os ventos que cantam,
Em todas as sombras que choram,
Na extensão infinita do tempo
Até a região onde os silêncios moram.

Eu te amo
Em todas as transformações da vida,
Em todos os caminhos do medo,
Na angústia da vontade perdida
E na dor que se veste em segredo.

Eu te amo
Em tudo que estás presente,
No olhar dos astros que te alcançam
Em tudo que ainda estás ausente.

Eu te amo
Desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
E antes do primeiro riso e da primeira mágoa.

Eu te amo perdidamente
Desde a grande nebulosa
Até depois que o universo cair sobre mim
Suavemente.

Adalgisa Nery
(1905-1980)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Meio!

Pode ser em alguns anos, desde que o destino não exagere.
Eu dançarei contigo. Ah! Se dançarei.
Vejo-te imune à veracidade que te envio.
Mas o que vivo é apenas o meio.